quarta-feira, 26 de outubro de 2011

CONCORDÂNCIA NOMINAL:

VII – Corrigir as seguintes frases:

a) Infrutífera, na última expedição, resultaram as buscas.

b) Remetemos anexo a revista jurídica solicitado por Vossa Excelência.

c) Reunido os representantes da família, decidiu-se entrar num acordo.

d) O livro tinha belíssimos capa e texto.

e) Ela recebeu, de presente, uma jóia e um relógio automáticos.

f) Enviamos revistas e jornais importadas.

g) É vedado a entrada de pessoas estranhas.

h) É necessária cautela com esse material.

i) A enchente tornou irrecuperável aqueles móveis

j) Ficou marcado, no seu espírito, toda a revolta que nutria por aquela situação.

k) A coreografia saiu tal qual os anseios dos artistas.

l) Aqueles rapazes eram sem-vergonhas.

m) Aqueles terrenos saíram caros para o comprador.

n) Coisas barata não existem mais.

o) A esposa parecia meia surpresa com a revelação.

p) Pela manhã, comeu apenas meio fatia de pão.

q) Ficaria assegurado à herdeira a posse dos bens.

r) Está subentendido, na portaria, a necessidade da apresentação dos originais.

s) Depois da divulgação dos resultados dos testes, eles sentiram-se melhores.

t) Candidatos melhor do que eles já tinham fracassado naquela prova.

u) Já havia pessoas bastante para realizar o trabalho.


CONCORDÂNCIA NOMINAL:


VIII - Sublinhar dentro dos parênteses a forma correta:

a) Vou comprar (trezentas / trezentos) gramas de queijo.
b) A candidata estava (meio / meia) nervosa.
c) O jacarandá agitava suas flores (lilás / lilases).
d) É uma pesquisa (técnico-científica / técnica-científica) para uma entidade (ibero-americana / ibera-americana).
e) Solicitou alguns livros (emprestado / emprestados).
f) As forças armadas, em face da situação política, permanecem (alerta / alertas).
g) Perseverança é (necessário / necessária) para vencer.
h) É (necessário / necessária) a esperança para superar as dificuldades.
i) Tinha olhos (verde-claro / verde-claros) e trajava blusa e saia (bege / beges).
j) Os carros (azul-marinho / azul-marinhos) estão na moda.
k) Iracema banhava-se em (tranqüilos / tranqüilas) lagoas e rios.
l) Nos filmes americanos aparecem os índios (pele-vermelha / peles-vermelhas).
m) Os (surdo-mudos / surdos-mudos) terão sua própria colônia de férias.
n) O escultor terminou os belíssimos (baixo-relevos / baixos-relevos).
o) Felizmente temos (bastante / bastantes) amigos.
p) Depois de terminados, os edifícios seriam (bastante / bastantes) altos.
q) Demonstrou (fabulosa / fabulosas) inteligência e versatilidade.
r) (O incansável / Os incansáveis) Dr. Pasteur e Mme. Curie fizeram muito pela humanidade.
s) Na feira, os (alto-falantes / altos-falantes) anunciavam (pés-de-moleque / pés-de-moleques) e (pães-de-ló / pães-de-lós).
t) Os alunos (mesmo / mesmos) pesquisaram o assunto e reuniram os dados (anexo / anexos)
u) Você acha (suficiente / suficientes) os (vagões-tanque / vagões-tanques) e os (navios-escola / navios-escolas) que o governo comprou?
v) As aulas de música devem ser o mais agradáveis (possível / possíveis).

CONCORDÂNCIA NOMINAL:

IX – Empregar corretamente as palavras entre parênteses:

a) Elas ___________ desejaram examinar a questão. (mesmo)

b) Estes acidentes se podem dar com eles ___________. (próprio)

c) Só _________ ela faria tão bem estes doces. (mesmo)

d) Eles _____ responderam às consultas que lhes foram feitas por escrito. (só)

e) Elas ficaram ______ depois do final do expediente. (só)

f) Os documentos _________ ao processo comprovam todo esquema. (anexo)

g) O paciente melhorava a olhos _________. (visto)

h) Este ato representa um crime de _______ patriotismo. (leso)

i) As certidões __________ devem ser autenticadas e seladas. (incluso)

j) Estudaram juntos ____________ cinco e seis. (o capítulo)

k) Não encontramos nem um nem outro _________. (livro)

l) Ela se especializou ____________ sueca e alemã. (na língua)

m) Ele precisa de atenção e carinho _____________. (feminino)

n) O arquiteto queria _________ teto e parede. (alto)

o) Aquele jornalista não era conhecido por seus vocábulos e frases ___________. (correto)

p) Um grande homem também conhece os vícios e a fraqueza ______________. (humana)

q) Ao voltar, encontrou ___________ a cidade, a casa, o campo. (deserto)

r) A cidade, a casa, o campo ____________ foi o que encontrou ao voltar (deserto)

s) O político teve que enfrentar o julgamento e a crítica _____________. (público)

t) Manifestava repulsa, aversão e ódio _____________. (mortífero)

u) Terminamos um livro e uma correção ___________________. (fastidioso)
CONCORDÂNCIA VERBAL:


X – Sublinhar, dentro dos parênteses, a forma correta:

1) Eles (parece / parecem) serem companheiros há muito tempo.
2) (Surgiu / Surgiram) muitas controvérsias sobre o atentado.
3) Como (pode / podem) haver pessoas tão inescrupulosas?
4) A glória, meus irmão, (era / eram) aqueles heróis combatendo!
5) (Ouvia / ouviam) - se, muito longe, os sinos da igreja.
6) Aqui (faz / fazem) dias terríveis no verão.
7) (Basta / Bastam) de tantos dissabores!
8) (Faz / Fazem) muitos anos que eu não visito minha terra natal.
9) (É / São) três dias de expectativa e nervosismo.
10) (É / És) tu que (paga / pagas) a despesa de hoje.
11) Nem a seca nem a enchente (conseguiu / conseguiram) abalar a fibra desse povo.
12) José ou Mário (será / serão) presidente do sindicato.
13) (Questiona / Questionam) - se situações, mas não se (encontra / encontram) soluções.
14) Acredita-se que nem um nem outro (falou / falaram) o que pretendia.
15) Mais de um jornalista (fez / fizeram) referência à comemoração cívica.
16) (Precisa / Precisam) - se de amigos sinceros, mas só (aparece / aparecem) oportunistas.
17) A esperança, minha gente, (é / são) eles!
18) (Deu / Deram) sete horas no relógio da praça.
19) Noventa quilos (é / são) muito para quem faz regime.
20) Mais de dez homens (fez / fizeram) o trabalho.
21) (Há / Hão) de se construir belas obras nessa praça.
22) Mais de um professor (elogiou / elogiaram) o novo método de ensino.
23) (Havia / Haviam) receio, temores, dúvidas.
24) Ainda (existe / existem) pessoas discretas.
25) (Desconfia / Desconfiam) – se de propostas tentadoras.
26) Dor, tristeza, solidão, tudo isso (resumia / resumiam) sua vida de fracassos.
27) (Via / Viam) - se muitas pessoas perguntando pelos parentes desaparecidos.
28) (Há / Hão) coisas que (é preferível / são preferíveis) não investigar.
29) (Deve / Devem) - se mandar os convites com um mês de antecedência.
30) (Pretende / Pretendem) - se doar cem quilos de arroz para a creche.
31) (Projeta / Projetam) - se construir muitas escolas na periferia.
32) Há muito tempo (tem / têm) sido feitos estudos no campo da clonagem humana.
33) As falhas que (tem / têm) havido são por causa de desentendimentos.
34) É necessário que se (obedeça / obedeçam) às ordens do diretor e se (aplique / apliquem) as provas com a máxima urgência.
35) (Basta / Bastam) apenas algumas horas para se ver que o pior (é / são) os credores batendo à sua porta.
36) Naquele dia (ocorreu / ocorreram) coisas estranhíssimas e (assistiu / assistiram) - se a manifestações descabidas.


CONCORDÂNCIA VERBAL:

XI - Corrigir as seguintes frases:

1) Os Estados Unidos afastou-se da reunião geral.

2) Qual de nós venceremos a competição?

3) Restaura-se móveis antigos.

4) Soou duas horas no carrilhão.

5) Era cerca de seis homens.

6) Falta ainda trinta páginas para terminar o livro.

7) Quantas injustiças houveram na guerra!

8) Divulgaram-se, nos noticiários, que os acontecimentos no Oriente Médio são graves.

9) Tu sabias que continuam havendo pedidos de exoneração de alguns cargos públicos?

10) Falta-lhe muitos dos requisitos que se exigem para o preenchimento da vaga.

11) Embora se tratem de problemas sérios, eles levam tudo na brincadeira.

12) Pela rua deserta, caminhavam ela, o marido e eu.

13) Receba um abraço deste amigo que muito te estima.

14) Hoje é 18 de maio.

15) Daqui até a parada de ônibus, é seiscentos metros de caminhada.

16) O enxame de abelhas atacaram o colono.

17) Os astros parecem estarem brilhando com mais intensidade.

18) Choveu aplausos ao artista.

19) Se não houvesse surgido tantos pedidos de licença, seria mais fácil atendê-la.

20) Neste concurso, devem haver mais de dez mil candidatos.




CONCORDÂNCIA VERBAL:

XII - Empregar os verbos indicados entre parênteses, no pretérito imperfeito do indicativo, atentando para a concordância verbal.

1) __________ várias notas erradas. (haver)

2) Não ____________ restrições para este caso. (existir)

3) _________ quinze minutos que todos saíram. (fazer)

4) __________ haver duas pessoas na sala de espera. (dever)

5) _________ uma vez dois jovens muito inteligentes. (ser)

6) Os primos __________ quinze anos naquele dia. (fazer)

7) Não __________ suficientes recursos para realizar qualquer dos projetos. (haver)

8) No mês passado _________ muitos dias de chuva. (havia)

9) ___________ - se coisas importantes naquela sala. (discutir)

10) ___________ - se muitas bicicletas naquela época do ano. (vender)

11) ____________ - se de muitos doadores de sangue após o atentado. (precisar)

12) Sempre se ____________ aquelas nuvens no inverno. (ver)

13) Todos os dias se ______________ as fechaduras do prédio. (consertar)

14) Àquela hora, sempre se _____________ a cenas desagradáveis. (assistir)

15) Antes da reestruturação, _____________ - se freqüentes enganos. (cometer)

16) ____________ - se sempre pelas piores figuras. (esperar)

17) Pelo prêmio se _____________ grandes sacrifícios. (fazer)

18) No meio da praça, _____________ - se numerosos curiosos. (ver)

19) Já sobre ele se ______________ os gritos dos combatentes. (ouvir)

20) Em meio ao barulho, ______________ - se os risos das crianças. (destacar)

21) ____________ quatro cavaleiros, aproximando-se rapidamente (ser)

Exercícios

01. Sobre o Humanismo, assinale a afirmação incorreta:

a) Teve como centro irradiador a Itália e como precursor Dante Alighieri, Boccaccio e Petrarca
b) Retorna os clássicos da Antiguidade greco-latina como modelos de Verdade, Beleza e Perfeição
c) Associa-se à noção de antropocentrismo e representou a base filosófica e cultural do Renascimento
d) Denomina-se também Pré-Renascentismo, ou Quatrocentismo, e corresponde ao século XV
e) Representa o apogeu da cultura provençal que se irradia da França para os demais países, por meio dos trovadores e jograis

02. (FUVEST) Aponte a alternativa correta em relação a Gil Vicente:
a) Compôs peças de caráter sacro e satírico
b) Representa o melhor do teatro clássico português
c) Só escreveu cantigas
d) Escreveu a novela Amadis de Gaula
e) Introduziu a lírica trovadoresca em Portugal

03 - obra de Fernão Lopes tem um caráter:
a) Histórico-literário, aproximando-se do moderno romance histórico, pela fusão do real com o imaginário
b) Basicamente histórico, pela fidelidade à documentação e pela objetividade da linguagem científica
c) Histórico-literário, pela seriedade da pesquisa histórica, pelas qualidades do estilo e pelo tratamento literário, que reveste a narrativa histórica de um tom épico e compõe cenas de grande realismo plástico, além do domínio da técnica dramática de composição
d) Essencialmente estético pelo predomínio do elemento ficcional



04 - Sobre o Humanismo, identifique a alternativa falsa:
a) Rejeita a noção do homem regido por leis sobrenaturais e opõe-se ao misticismo
b) Fundamenta-se na noção bíblica de que o homem é pó e ao pó retornará, e de que só a transcendência liberta o homem de seu insignificância terrena
c) Em sentido amplo, designa a atitude de valorização do homem, de seus atributos e realizações
d) Designa tanto uma atitude filosófica intemporal quanto um período especifico da evolução da cultura ocidental
05. (FUVEST-SP) Caracteriza o teatro de Gil Vicente:
a) A elaboração requintada dos quadros e cenários apresentados
b) A busca de conceitos universais
c) A obra escrita em prosa
d) A preocupação com o homem e com a religião
e) A revolta contra o cristianismo
06. No inicio do século XIII, a intransigência religiosa arrasou a Provença e dispersou seus trovadores, mas a lírica provençalesca já havia fecundado a poesia ocidental com a beleza melódica e a delicadeza emocional de sua poesia-música, impondo uma nova concepção do amor e da mulher.
a) Verdadeiro
b) Falso
07. A canção associava o amor-elevação, puro, nobre, inatingível, ao amor dos sentidos, carnal, erótico; a alegria da razão (o amor intelectual) à alegria dos sentidos.
a) Verdadeiro
b) Falso
8 - O pensamento humanista elaborou uma forte crítica à escolástica, embora não tenha rompido com a idéia criacionista, colocando suas esperanças em uma nova forma de educação.
II - O mundo dos humanistas foi um mundo animado por transformações: a difusão da impressão mecânica, os progressos da navegação e a descoberta de novas terras, a intensificação das trocas comerciais, a queda de Constantinopla e o exílio de letrados gregos na Europa, todos fatores que provocaram uma reflexão a propósito da condição humana.
III - O humanismo fundamentou-se, em primeiro lugar, na restauração da cultura antiga, através de manuscritos que se haviam perdido desde a Antigüidade, os quais são considerados como tesouros de uma cultura viva.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
09. Assinale a afirmação falsa sobre as cantigas de escárnio e mal dizer:
a) Os alvos prediletos das cantigas satíricas eram os comportamentos sexuais (homossexualidade, adultério, padres e freiras libidinosos), as mulheres (soldadeiras, prostitutas, alcoviteiras e dissimuladas), os próprios poetas (trovadores e jograis eram freqüentemente ridicularizados), a avareza, a corrupção e a própria arte de trovar
b) As cantigas satíricas perfazem cerca de uma quarta parte da poesia contida nos cancioneiros galego- portugueses. Isso revela que a liberdade da linguagem e a ausência de preconceito ou censura (institucional, estética ou pessoal) eram componentes da vida literária no período trovadoresco, antes de a repressão inquisitorial atirá-las à clandestinidade
c) A principal diferença entre as duas modalidades satíricas está na identificação ou não da pessoa atingida
d) Algumas composições satíricas do Cancioneiro Geral e algumas cenas dos autos gilvicentinos revelam a obrevivência, já bastante atenuada, da linguagem livre e da violência verbal dos antigos trovadores
e) O elemento das cantigas de escárnio não é temático, nem está na condição de se omitir a identidade do ofendido. A distinção está no retórico do “equívoco”, da ambigüidade e da ironia, ausentes na cantiga de maldizer.

sábado, 15 de outubro de 2011

O Humanismo

O Humanismo caracteriza-se por uma nova visão do homem em relação a Deus e, em relação a si mesmo. Essa nova visão decorre diante da nova realidade social e econômica vivida na época. A pirâmide social da era Medieval, já não existe mais ( essa pirâmide era formada pelos Nobres / Clero / e Povo ), graças ao surgimento de uma nova classe social: a Burguesia, cujo nome se origina da palavra burgos que quer dizer cidade. O surgimento das cidades deve-se ao incremento do comércio que era a base de sustentação dessa nova classe social. As cidades por sua vez, oferecem uma nova opção de vida para os camponeses que abandonam o campo. Esse fato iniciou o afrouxamento do regime feudal de servidão. Nessa época também tem início as grandes navegações, que levam as pessoas a valorizar crescentemente as conquista humanas. Esses fatores combinados levam a um processo que atinge seu ponto máximo no Renascimento. Como conseqüência dessa nova realidade social, o Teocentrismo pregado e defendido durante tantos anos pelas classes anteriores, passa a dar lugar para o Antropocentrismo, nova visão onde o homem se coloca como sendo o centro do Universo. Na cultura, esse processo de mudanças também tem efeitos culturais, pois, o homem passa a se encarar como ser humano, e não mais como a imagem de Deus.
Todas as Artes passam a expressar novas partículas que apareceram com essa nova visão, as pinturas, os poemas e as músicas da época, por exemplo, tornam-se mais humanas, passam a retratar mais o ser humano em sua formação.Essa nova concepção, não significa que a religião estava acabando mas, apenas que agora os artistas passavam a embutir em suas obras também o lado humano derivado desse novo regime social. As obras dessa época vão refletir em sua formação esse momento de transição de uma mentalidade para outra, ou seja, a passagem de uma visão Teocêntrica para a visão antropocêntrica do mundo. Portanto o Humanismo é considerado como um período de transição.
A prosa, a poesia e principalmente o teatro são produzidos nesse período
O homem em busca da liberdade
Este momento histórico-social é tido como um período de transição. Marca a passagem do fim da Idade Média para a Idade Moderna. Com o crescimento das cidades e do comércio, o regime feudal enfraqueceu. Os servos podiam vender sua colheita e conseguir dinheiro para pagar os serviços que deviam ao senhor feudal; podiam ir para a cidade ou conhecer novas terras. O desejo de liberdade se concretizava.
Os senhores feudais, aos poucos, foram perdendo suas terras e seus servos. Neste momento, o rei, que era uma autoridade simbólica, fortalece-se, à medida que se aliava a uma classe social emergente, a burguesia, formada por artesãos e comerciantes, detentores do dinheiro, que viviam nas cidades.
No momento em que o rei consegue centralizar o poder, tendo como alicerce a teoria do dinheiro divino, a igreja Romana interessa defender a estrutura feudal, por possuir uma quantidade bastante grande de terras.Com isso, a igreja deixou de ser a única responsável pelo monopólio da cultura, formando-se bibliotecas fora dos mosteiros e dos conventos. São também frutos dessa época os humanistas, homens cultos e admiradores da cultura antiga. Eram individualistas, davam maior importância aos direitos de cada indivíduo do que à sociedade. Acreditavam no progresso, rejeitando a hierarquia feudal. Através do contexto histórico, podemos perceber que o homem da época rompe com o sistema feudal e com a visão teocêntrica do mundo determinada pela igreja e vai à busca de si mesmo, de novas descobertas e novos valores.
O momento é de transição.
O homem começa a se valorizar, sem contudo abandonar por completo o temor a Deus e a submissão.
A literatura, como está intimamente engajada no momento histórico-social, vai gerar produções literárias que refletem esse período conflitante no qual o homem do século XV viveu. A data que marca o início do Humanismo em Portugal é o ano de 1418, quando D.Duarte nomeia Fernão Lopes como guardador da Torre do Tombo, e termina quando Sá de Miranda retorna da Itália, em 1527, empreendendo em Portugal a campanha em prol da cultura clássica.
CONTEXTO HISTÓRICO
No final do século XV, a Europa passava por grandes mudanças provocadas por invenções como a bússola, pela expansão marítima que incrementou a indústria naval e o desenvolvimento do comércio com a substituição da economia de subsistência, levando a agricultura a se tornar mais intensiva e regular. Deu-se o crescimento urbano, especialmente das cidades portuárias, o florescimento de pequenas indústrias e todas as demais mudanças econômicas provenientes do Mercantilismo, inclusive o surgimento da burguesia. Todas essas alterações foram agilizadas com o surgimento dos humanistas, estudiosos da cultura clássica antiga. Alguns eram ligados à Igreja; outros, artistas ou historiadores, independentes ou protegidos por mecenas. Esses estudiosos tiveram uma importância muito grande porque divulgaram de forma mais sistemática, os novos conceitos, além de identificaram e valorizarem direitos dos cidadãos. Acabaram por situar o homem como senhor de seu próprio destino e elegeram-no como a razão de todo conhecimento, estabelecendo, para ele, um papel de destaque no processo universal e histórico. Essas mudanças na consciência popular, aliadas ao fortalecimento da burguesia, graças à intensificação das atividades agrícolas, industriais e comerciais, foram, lenta e gradativamente, minando a estrutura e o espírito medieval. Em Portugal, todas essas alterações se fizeram sentir, evidentemente, ainda que algumas pudessem chegar ali com menor força ou, talvez, difusas, sobretudo porque o impacto maior vivido pelos portugueses foi proporcionado pela Revolução de Avis ( 1383-1385), na qual D. João, mestre de Avis, foi ungido rei, após liderar o povo contra injunções de Castela. Alguns fatores ligados a esse quadro histórico indicam sua influência no rumo que as manifestações artísticas tomaram em Portugal. São eles: as mudanças processadas no país pela Revolução de Avis; os efeitos mercantilistas; a conquista de Ceuta ( 1415 ), fato que daria início a um século de expansionismo lusitano; o envolvimento do homem comum com uma vida mais prática e menos lirismo cortês, morto em 1325; o interesse de novos nobres e reis por produções literárias diferentes do lirismo. Tudo isso explica a restrição do espaço para o exercício e a manifestação da imaginação poética, a marginalização da arte lírica e o fim do Trovadorismo. A partir daí, o ambiente se tornou mais propício à crônica e à prosa histórica, ao menos nas primeiras décadas do período.

CARACTERÍSTICAS
Culturalmente, a melhoria técnica da imprensa propiciou uma divulgação mais ampla e rápida do livro, democratizando um pouco o acesso a ele. O homem desse período passa a se interessar mais pelo saber, convivendo com a palavra escrita. Adquire novas idéias e outras culturas como a greco-latina. Mas, sobretudo, o homem percebe-se capaz, importante e agente. Acreditando-se dotado de "livre arbítrio", isto é, capacidade de decisão sobre a própria vida, não mais determinada por Deus, afasta-se do Teocentrismo, assumindo, lentamente, um comportamento baseado no antropocentrismo. Isto implica profundas transformações culturais. De uma postura religiosa e mística, o homem passa gradativamente a uma posição racionalista
.O Humanismo funcionará como um período de transição entre duas posturas. Por isso, a arte da época é marcada pela convivência de elementos espiritualistas ( teocêntricos ) e terrenos ( antropocêntricos ). A historiografia, a poesia, a prosa doutrinária e o teatro apresentaram características específicas.
Como principal manifestação literária, encontramos:
Teatro
Durante a época medieval, o teatro era essencialmente religioso, limitando-se a representações litúrgicas do Natal e da Páscoa.
No Humanismo, o teatro segue um novo rumo, com as peças de Gil Vicente, que se utiliza do alegórico-religioso para construir caricaturas profanas. Critica as várias camadas da sociedade: povo, nobreza e principalmente o clero, condenando a luxúria e os abusos dos padres.
Gil Vicente acredita que a verdadeira salvação do homem encontra-se na pureza do espírito.
Gil Vicente,
Nasce o Teatro em Portugal
O ano de nascimento do teatrólogo Gil Vicente, o introdutor do teatro em Portugal, não é conhecido ao certo; alguns assinalam que teria sido em 1465 ou 1466, e o ano de sua morte entre 1536 e 1540. Sabe-se, entretanto, que ele iniciou sua carreira teatral em 1502, quando, representando os servidores do Palácio do rei D. Manoel, declamou em espanhol o Auto da Visitação ou Monólogo do Vaqueiro, na câmara de D. Maria de Castela .
Vicente, figura cimeira do teatro português, foi homem de coragem, que não hesitou em denunciar com lucidez, mordacidade e sentido de humor os abusos, hipocrisias e incoerências que estavam a sua volta. Nada escapou a sua observação: o clérigo devasso e venal, esquecido do verdadeiro sentido de sua missão; o velho cúpido e avarento; a moça fútil e preguiçosa; a esposa infiel, hipócrita e interesseira – todos eles constituem personagens vivas, lançadas do tempo para a eternidade pelo genial Mestre Gil.
Foi assim que começou...
No mais rico cenário de então no Paço Real Português, na magnificente alcova real, horas depois de a rainha Dona Maria, mulher de D. Manuel, Ter dado à luz aquele que viria a ser El-rei D. João III, na noite de 7 para 8 de julho do ano da graça de 1502... "entrou um vaqueiro dizendo: Perdiez! Siete repelones / me pegaron à la entrada...".
...E mestre Gil, entrando naquela suntuosa câmara recamada de damascos e pedrarias, com seu Monólogo do Vaqueiro, inicia a sua carreira de dramaturgo. E, por ser coisa nova em Portugal, Dona Leonor lhe pediu que o repetisse, endereçado ao nascimento do Redentor, nas matinais do Natal, em 1502.
O Teatro de Vicentino
A obra de Vicente é um documento vivo do que foi o Portugal da primeira metade do século XVI. O ambiente social deste momento da História apresentou ao dramaturgo enovelado numa série de fatores típicos. O clero, classe muito numerosa, estava presente em todos os setores da sociedade e a maior aparte de seus membros acusava uma singular relaxação de costumes.
A nobreza estava em decadência, tanto econômica quanto culturalmente. Mas vivia alardeando riquezas, explorando o trabalho dos servidores e desprezando-os, prometendo tudo e nada dando.
As profissões liberais também são referidas nas obras do dramaturgo das cortes de D. Manuel e de D. João III. Os médicos eram os charlatães que pouco sabiam do seu ofício, explorando os clientes.
O camponês, de condição miserável e alienada, era o sustentáculo da hierarquia feudal ( clérigos e nobres). Mas, como todo homem, tem a ambição e aspira a viver na corte.
No aspecto religioso, debatia-se a questão das indulgências, perdões e outras fontes de créditos para a Santa Sé, criticavam-se as rezas mecânicas, o culto dos santos e as superstições.
Um outro aspecto que merece atenção na época é a infidelidade conjugal das esposas, conseqüência da partida dos maridos nas armadas das descobertas e conquistas, fato bem documentado no Auto da Índia. A Ama lamenta-se que:
Partem em maio daqui
quando o sangue novo atiça.
Parece-te que é justiça?
Tentando uma explicação para ela própria e propondo-se levar uma vida desregrada. Aliás, muitas casavam contra os seus gostos e vontade, quer por imposição dos pais, quer na ânsia de alcançar títulos nobiliárquicos. Daí a esperança que se apossava delas de que os seus "queridos" maridos por lá ficassem enterrados ou encerrados em algum cativeiro. Mas acontecia que eles acabavam por regressar, embora de mãos vazias e, por vezes, famintos; e então vinham as pragas e lamentações.
O riso não é em Gil Vicente uma concessão à facilidade ou um meio de adoçar asperezas, ou ainda uma máscara apara incompreensão. É acima de tudo a expressão de um profundo sentido da tragédia humana. "O riso é a coisa mais séria do mundo". Por que é a exteriorização de uma dolorosa tomada de consciência diante de um mundo louco e inacabado, que teima em tomar-se a sério – como se nada mais houvera a fazer nele e por ele. Esse mundo desconcertado Gil Vicente não rejeita, mas também não aceita passivamente. É pelo caminho mais difícil – o de analisar esse mundo, recriando-o – que ele segue para compreendê-lo e dar-lhe uma nova medida.
Gil Vicente (1465-1536)
Gil Vicente critica, em sua obra, de forma impiedosa, toda a sociedade de seu tempo, desde o papa, o rei o alto clero, até a mais baixa classe social: os feiticeiros, as alcoviteiras e os agiotas. Acreditando na função moralizadora do teatro, colocou em cena fatos e situações que revelavam a degradação dos costumes, a imoralidade dos frades, a corrupção no seio da família, a imperícia dos médicos, as práticas de feitiçaria, o abandono do campo para se entregar às aventuras do mar.Sua crítica tem um objetivo: reaproximar o homem de Deus. Nesse sentido, Gil Vicente se revela um homem de espírito e formação medieval, expressando uma concepção teocêntrica, numa época de profundas transformações sociais e culturais.
Gil Vicente escreveu mais de quarenta peças. Dentre elas, destacamos:
Monólogo do vaqueiro, Auto da alma, Trilogia das Barcas (do Inferno, do Purgatório, da Glória), Farsa de Inês Pereira, Quem tem farelos?, O velho da Horta e o Auto da Índia).
PROSA DOUTRINÁRIA
Com o aumento de interesse pela leitura , houve um significativo e rápido crescimento da cultura com o surgimento de bibliotecas e a intensificação de traduções de obras religiosas e profanas, além da atualização de escritos antigos. Esse envolvimento com o saber atingiu também a nobreza, a ponto de as crônicas históricas passarem a ser escritas pelos próprios reis, especialmente da dinastia de Avis, com os exemplos de D. João I, D.Duarte e D. Pedro.
Essa produção recebeu o nome de doutrinária, porque incluíam a atitude de transmitir ensinamentos sobre certas prática diárias, e sobre a vida. Alguns exemplos: Ensinança de bem cavalgar toda sela, em que se faz o elogio do esporte e da disciplina moral, e Leal Conselheiro, em que se estabelecem princípios de conduta moral para a nobreza m ambos de D. Duarte; livro de Montaria (D.João I) sobre a caça; e outros.
POESIA PALACIANA
Conforme já dito no capítulo relativo às crônicas históricas, o Mercantilismo e outros acontecimentos de âmbito português modificaram o gosto literário do público, diminuindo-o quanto à produção lírica, o que manteve a poesia enfraquecida durante um século (mais ou menos de 1350 a 1450). No entanto, em Portugal, graças à preferência do rei D.Afonso V ( 1438-1481), abriu-se um espaço na corte lusitana para a prática lírica e poética. Assim, essa atividade literária sobreviveu em Portugal, ainda que num espaço restrito, e recebeu o nome de Poesia Palaciana, também identificada por quatrocentista. Essa produção poética tem uma certa limitação quanto aos conteúdos, temas e visão de mundo, porque seus autores, nobres e fidalgos, abordavam apenas realidades palacianas, como assuntos de montaria, festas, comportamentos em palácios, modas, trajes e outras banalidades sem implicação histórica abrangente. O amor era tratado de forma mais sensual do que no Trovadorismo, sendo menos intensa a idealização da mulher. Também, neste gênero poético , ocorre a sátira. Formalmente são superiores à poesia trovadoresca, seja pela extensão dos poemas graças à cultura dos autores, seja pelo grau de inspiração, seja pela musicalidade ou mesmo pela variedade do metro estes dois últimos recursos conferiam a cada poema a chance de possuírem ritmo próprio. Os versos continuavam a ser as redondilhas e era normal o uso do mote. A diferença mais significativa em relação às cantigas do Trovadorismo é que as poesias palacianas foram desligadas da música, ou seja, o texto poético passou a ser feito para a leitura e declamação, não mais para o canto.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Atividades - Gramática

EXERCÍCIOS



UNIDADE I – REVISÃO GRAMATICAL



CONJUGAÇÃO VERBAL:


I – Completar as lacunas com os verbos indicados:

1)      Se ela já _________________ o trabalho, poderá sair para o lanche. (concluir – futuro do subjuntivo composto)
2)      Ela não será admitida na empresa, embora _______________ um bom teste. (fazer – pretérito perfeito do subjuntivo)
3)      Se eu soubesse de tudo, eu ______________ as devidas providências. (tomar – futuro do pretérito composto)
4)      Quanto a você, não ______________ esta estrada de modo algum! (atravessar – imperativo negativo)
5)      __________ os vossos inimigos. (amar - imperativo afirmativo)
6)      Após ________________ com o gerente, saímos às pressas do escritório. (discutir - infinitivo pessoal composto)
7)      Se eles _____________ a verdade, teriam sido perdoados.(dizer - pretérito   mais  que  perfeito composto do subjuntivo)
8)      Tudo acabará bem se ela ____________ a verdade. (falar – futuro do subjuntivo)
9)      Disse que, ao voltar, ___________ boas notícias para todos. (trazer - futuro do pretérito do indicativo)
10)   Queria que ela __________________ o relatório e _____________ à sala do diretor. (interromper, ir – pretérito imperfeito do subjuntivo)
11)  Ela ______________ os convidados no saguão. (receber – pretérito imperfeito do indicativo)
12)   Eu ____________ boas notícias para todos. (trazer – presente do indicativo)
13)   Os alunos ____________________ uma bela surpresa. (preparar – pretérito mais que perfeito composto do indicativo)
14)   Quando o ________________, passa-lhe esta informação. (encontrar – futuro do subjuntivo)
15)   Ele saiu de casa sem nada _________ aos pais. (dizer - infinitivo impessoal)
16)   É bom nós ______________ as coisas aqui. (apressar – infinitivo pessoal)
17)   Ele _______________ neste ponto em todas as reuniões. (insistir – pretérito perfeito composto do indicativo)
18)   Venha a minha sala depois que eu ________________ com os outros. (conversar – futuro composto do subjuntivo)
19)  Aja com naturalidade e continue _________________. (conversar – gerúndio)
20)   Se você fizesse um bom trabalho, não ________________ tornar a fazê-lo. (precisar – futuro do pretérito)


CONJUGAÇÃO VERBAL:

II – Completar com os verbos indicados:

1)      Se você se ___________ (desfazer – futuro do subjuntivo) das amarras que ainda o prendem, _____________ (transpor – futuro do subjuntivo) as barreiras do preconceito e ______________ (perceber – futuro do subjuntivo) que eles são boas pessoas, tudo _________ (ser – futuro do presente do indicativo) melhor no seu relacionamento.
2)      Se nós ______________ (requer – imperfeito do subjuntivo) licença para viajar e a _______________ (obter – imperfeito do subjuntivo) logo, ainda aproveitaríamos o início da estação.
3)      Não _____________ (frear – imperativo negativo / 1ª pessoa plural) rápido em pista molhada. É perigoso e talvez não ________ (haver – presente subjuntivo) como ____________ (evitar – infinitivo impessoal) o acidente.
4)      Quando tu ____________ (vir – futuro subjuntivo) ao Sul, _________ (ir – imperativo afirmativo) a Gramado, que não te arrependerás.
5)      Conforme ___________ (prever – pretérito mais que perfeito do indicativo) o advogado, se eles se __________ (conter – imperfeito do subjuntivo) um pouco e não ______________ (intervir – imperfeito do subjuntivo) tanto na vida da filha, talvez o casamento desta não ________________. (fracassar – pretérito mais que perfeito composto do subjuntivo)
6)      Se você não se ____________ (manter – futuro do subjuntivo) calmo, é provável que eles _______________ (impor - presente do subjuntivo) seus pontos de vista.
7)      Quando ele se ______________ (dispor - futuro do subjuntivo) a colaborar, tudo ____________ (funcionar – futuro do presente do indicativo) bem.
8)      Embora ele não _______________ (opor - pretérito imperfeito do subjuntivo) qualquer objeção formal, todos sabiam que ele ____________ (intervir – futuro do pretérito do indicativo) caso o projeto fosse aprovado.
9)      Quando a __________ (ver – futuro do subjuntivo / 2ª pessoa singular) _________ (dizer - imperativo afirmativo) - lhe que o seu programa de televisão muito nos ______________(entreter – presente do indicativo)
10)  A população ribeirinha _______________ (precaver - pretérito perfeito do indicativo) - se em tempo: ainda antes da enchente, ___________ (prover - pretérito perfeito do indicativo) a despensa de suas casas com muitos alimentos.
11)  Os médicos solicitaram a João que se ____________ (abster – imperfeito do subjuntivo) do álcool: ele, porém, mesmo que se ____________ (dispor – imperfeito do subjuntivo) a seguir o conselho, sempre voltava a beber.
12)  Mesmo sabendo que ela _____________ (provir – pretérito mais que perfeito do indicativo) de uma classe inferior, eles se _____________ (abster - pretérito imperfeito do indicativo) de qualquer comentário, porque ela sempre ______________ (manter - pretérito perfeito do indicativo) uma atitude discreta.





CONJUGAÇÃO VERBAL:

III – Sublinhar, dentro dos parênteses, a forma correta:

1.      Não (tenta - tentes) esquecê-lo: ao contrário, (faze - faça) com que sua imagem fique retida, para sempre em tua memória.
2.      Não (receia - receies) nem (persigas - persegues) o sucesso.
3.      Não (seja - seje) ingênuo: assim que você (propor - propuser) uma remuneração decente aos seus subordinados, eles renderão muito mais.
4.      Peço-lhes um favor: (viagem - viajem) até São Paulo.
5.      É bom que nós (semeemos - semeiemos) os canteiros antes de setembro, para que (obtemos - obtenhamos) boas hortaliças.
6.      Quando eu (dispor – dispuser) de tempo e você se (propor - propuser) a receber-me, visitá-la-ei.
7.      Logo que a crise parecia contornada, (sobrevieram - sobreviram) novos problemas.
8.      Esta madeira (proviu - proveio) de Rondônia.
9.      Não (transgridas - transgride) a lei, nem te (indisponhas - indispõe) com teus vizinhos.
10.  (Advirto - Adverto) - lhe que você (confere - confira) os prós e os contras e (discerne - discirna) o Bem do Mal.

   IV – Completar com as formas adequadas de particípio.

1.      A polícia havia _____________ (dispersar) o grupo de manifestantes.
2.      As folhas estavam _____________ (dispersa) pelo chão.
3.      A chuva tinha _________ (extinguir) o fogo, mas as brasas ficaram ______ (acender).
4.      A raça humana seria ___________ (extinguir) pela guerra nuclear.
5.      Muito dinamismo tinha sido ____________ (imprimir) naquela empresa.
6.      Esta obra foi ___________ (imprimir) na França.
7.      A história do Brasil esta bem ____________ (descrever) naquele livro.
8.      Eles têm __________ (gastar) mais do que têm ___________ (ganhar).
9.      O professor de Química ainda não havia __________ (completar) a chamada, embora todos os outros já estivessem com suas relações ___________ (completar).
10.  Embora a loja tivesse ___________ (aceitar) o cheque, este não foi __________ (aceitar) pelo banco.
11.  Apesar de os assaltantes não terem sido ___________ (prender) ainda, temos certeza de que a polícia os terá ____________ (prender) até o final do dia.
12.  As dívidas já foram __________ (pagar) e o governo tem __________ (pagar) em dia a seus funcionários.
13.  Embora os barcos de resgate não tenham __________ (salvar) ninguém, algumas crianças foram _________ (salvar) por uma lancha de recreio que passava casualmente pelo local.
14.  O submarino esteve ____________ (submergir) o dia todo e, no dia anterior, também tinha _____________ (submergir) para esconder-se das patrulhas.




Exercícios.


01. (Mackenzie-SP) Assinale a alternativa incorreta a respeito do Trovadorismo em Portugal.
a) Durante o Trovadorismo, ocorreu a separação entre poesia e a música.
b) Muitas cantigas trovadorescas foram reunidas em livros ou coletâneas que receberam o nome de cancioneiros.
c) Nas cantigas de amor, há o reflexo do relacionamento entre o senhor e vassalo na sociedade feudal: distância e extrema submissão.
d) Nas cantigas de amigo, o trovador escreve o poema do ponto de vista feminino.
e) A influência dos trovadores provençais é nítida nas cantigas de amor galego-portuguesas.


02. (Fuvest-SP) "Coube ao século XIX a descoberta surpreendente da nossa primeira época lírica. Em 1904, com a edição crítica e comentada do Cancioneiro da Ajuda, por Carolina Michaëlis de Vasconcelos, tivemos a primeira grande visão de conjunto do valiosíssimo espólio descoberto" (Costa Pimpão)
a) Qual é essa primeira época lírica portuguesa?
b) Que tipos de composições poéticas se cultivavam nessa época?

02. (Mackenzie-SP) Assinale a alternativa incorreta a respeito do Trovadorismo em Portugal.
a) Durante o Trovadorismo, ocorreu a separação entre poesia e a música.
b) Muitas cantigas trovadorescas foram reunidas em livros ou coletâneas que receberam o nome de cancioneiros.
c) Nas cantigas de amor, há o reflexo do relacionamento entre o senhor e vassalo na sociedade feudal: distância e extrema submissão.
d) Nas cantigas de amigo, o trovador escreve o poema do ponto de vista feminino.
e) A influência dos trovadores provençais é nítida nas cantigas de amor galego-portuguesas.


3) (Faap) - Releia com atenção a estrofe:
Fez-se de amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Tomemos a palavra AMIGO. Todos conhecem o sentido com que esta forma lingüística é usualmente empregada no falar atual. Contudo na Idade Média, como se observa nas catingas medievais, a palavra amigo significou:
a) colega
b) companheiro
c) namorado
d) simpático
e) acolhedor
4) (Mackenzie) - Assinale a alternativa INCORRETA a respeito das cantigas de amor.
a) O ambiente é rural ou familiar.
b) O trovador assume o eu-lírico masculino: é o homem quem fala.
c) Têm origem provençal.
d) Expressam a "coita" amorosa do trovador, por amar uma dama inacessível.
e) A mulher é um ser superior, normalmente pertencente a uma categoria social mais elevada que a do trovador.

4) Sobre a poesia trovadoresca em Portugal, é INCORRETO afirmar que:
 
a) refletiu o pensamento da época, marcada pelo teocentrismo, o feudalismo e valores altamente moralistas.
b) representou um claro apelo popular à arte, que passou a ser representada por setores mais baixos da sociedade.
c) pode ser dividida em lírica e satírica.
d) em boa parte de sua realização, teve influência provençal.
e) as cantigas de amigo, apesar de escritas por trovadores, expressam o eu-lírico feminino. 




  1. Nas cantigas de amor,
a)       o trovador expressa um amor à mulher amada, encarando-a como um objeto acessível a seus anseios.
b)       o trovador velada ou abertamente ironiza personagens da época.
c)       o “eu-lírico” é feminino, expressando a saudade da ausência do amado.
d)       o poeta pratica a vassalagem amorosa, pois, em postura platônica,expressa seu amor à mulher amada.
e)       existe a expressão de um sentimento feminino, apesar de serem escritas por homens.
  1. Marque V para verdadeiro e F para falso.
(    ) As cantigas de mal dizer e de escárnio pertencem a lírica trovadoresca.
(    ) As cantigas de amigo possuem um ambiente palaciano e o eu-liríco é feminino, apesar de serem escritas por homem.
(    ) As cantigas de amor possuem um ambiente palaciano e suas características principais são a vassalagem amorosa e a coita de amor.
(    ) A canção da Ribeirinha iniciou o trovadorismo português.
(    ) As cantigas de amigo, em geral, possuem um eu-lírico feminino, apesar de serem escritas por homens. A temática principal, quase sempre, é o sofrimento da mulher pelo amado que partiu.
  1. Assinale a alternativa incorreta a respeito do Trovadorismo em Portugal.
    a) Durante o Trovadorismo, ocorreu a separação entre poesia e a música.
    b) Muitas cantigas trovadorescas foram reunidas em livros ou coletâneas que receberam o nome de cancioneiros.
    c) Nas cantigas de amor, há o reflexo do relacionamento entre o senhor e vassalo na sociedade feudal: distância e extrema submissão.
    d) Nas cantigas de amigo, o trovador escreve o poema do ponto de vista feminino.
    e) A influência dos trovadores provençais é nítida nas cantigas de amor galego-portuguesas.
  2.  
    1. Assinale a alternativa incorreta
a) Na cantiga de amigo, o “eu-lírico” feminino lamenta a ausência do amigo distante;
b) Na cantiga de escárnio, a sátira é feita indiretamente e usam-se a ironia e as ambigüidades;
c) Na cantiga de maldizer, o erotismo pode estar presente;
d) Na cantiga de amor, o apelo erótico é purificado e ocorre a idealização do amor;
e) Na cantiga de amigo, usa-se o refrão, mas não existe paralelismo.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

TROVADORISMO


TROVADORISMO - PARTE I  -  PANORAMA HISTÓRICO


Na história da literatura portuguesa o Trovadorismo é a primeira escola literária. Esse movimento literário compreende o período que vai, aproximadamente, do século XII ao século XIV.
A partir da segunda metade do século XII, Portugal começava a afirmar-se como reino independente, embora ainda mantivesse laços econômicos, sociais e culturais com o restante da Península Ibérica. Desses laços surgiu, próximo à Galícia (região do norte do rio Douro), uma língua particular, de traços próprios, chamada galego-português. A produção literária dessa época foi feita nesta variação lingüística.
A cultura trovadoresca refletia bem o panorama histórico desse período: as Cruzadas, a luta contra os mouros, o feudalismo, o poder espiritual do clero.
O período histórico em que surgiu o Trovadorismo foi marcado por um sistema econômico e político chamado feudalismo, que consistia numa hierarquia rígida entre senhores: um deles, o suserano, fazia a concessão de uma terra (feudo) a outro indivíduo, o vassalo. O suserano, no regime feudal, prometia proteção ao vassalo como recompensa por certos serviços prestados.
Essa relação de dependência entre suserano e vassalo era chamada de vassalagem.
Assim, o senhor feudal ou suserano era quem detinha o poder, fazendo a concessão de uma porção de terra a um vassalo, encarregado de cultivá-la.
Além da nobreza (classe a que pertenciam os senhores feudais) e a classe dos vassalos ou servos, havia ainda uma outra classe social: o clero. Nessa época, o poder da Igreja era bastante forte, visto que o clero possuía grandes extensões de terra, além de dedicar-se também à política.
Os conventos eram verdadeiros centros difusores da cultura medieval, pois era neles que se escolhiam os textos filosóficos a serem divulgados, em função da moral cristã.
A religiosidade foi um aspecto marcante da cultura medieval portuguesa. A vida do povo lusitano estava voltada para os valores espirituais e a salvação da alma. Nessa época, eram freqüentes as procissões, as romarias, além das próprias Cruzadas ? expedições realizadas durante a Idade Média, que tinham como principal objetivo a libertação dos lugares santos, situados na Palestina e venerados pelos cristãos. Essa época foi caracterizada por uma visão teocêntrica (Deus como o centro do Universo). Até mesmo as artes tiveram como tema motivos religiosos. Tanto a pintura quanta a escultura procuravam retratar cenas da vida de santos ou episódios bíblicos.
Quanto à arquitetura, o estilo gótico é o que predominava, através da construção de catedrais enormes e imponentes, projetadas para o alto, à semelhança de mãos em prece tentando tocar o céu.
Na literatura, desenvolveu-se em Portugal um movimento poético chamado Trovadorismo. Os poemas produzidos nessa época eram feitos para serem cantados por poetas e músicas (trovadores, menestréis, jograis e segréis). Recebiam o nome de cantigas, porque eram acompanhados por instrumentos de cora e de sopro. Mais tarde, essas cantigas foram reunidas em Cancioneiros: o da Ajuda, o da Biblioteca Nacional e o da Vaticana.



                                                  TROVADOR
Poeta que compunha a letra e a música de canções; em geral era uma pessoa culta.
jogral: cantor e tangedor ambulante, em geral de origem plebeia.
menestrel: músico-poeta sedentário; vivia na casa de um fidalgo, enquanto o jogral andava de terra em terra.
segrel: trovador profissional, fidalgo desqualificado que ia de corte em corte, acompanhado de um jogral.

                                              A  POESIA  MEDIEVAL PORTUGUESA

A produção poética medieval portuguesa pode ser agrupada em dois gêneros:
_ gênero lírico: em que o amor é a temática predominante; são as cantigas de amor e as cantigas de amigo;
_ gênero satírico: em que o objetivo é criticar alguém, ridicularizando esta pessoa de forma sutil ou grosseira; a este gênero pertencem as cantigas de escárnio e as cantigas de maldizer.

Gênero Lírico

Dentro do gênero lírico, o texto que dá início à literatura portuguesa chama-se Canção da Ribeirinha, escrita possivelmente em 1189, por Paio Soares de Taveirós.
Segundo Dona Carolina Michaëlis de Vasconcelos, essa cantiga foi dedicada à ribeirinha (Maria Pais Ribeiro), favorita de D. Sancho I, segundo rei de Portugual.

Cantiga de Ribeirinha
No mundo non me sei parelha,
entre me for como me vai,
Cá já moiro por vós, e - ai!
Mia senhor branca e vermelha.
Queredes que vos retraya
Quando vos eu vi em saya!
Mau dia me levantei,
Que vos enton non vi fea!
E, mia senhor, desdaqueldi, ai!
Me foi a mi mui mal,
E vós, filha de don Paai
Moniz, e bem vos semelha
Dhaver eu por vós guarvaia,
Pois eu, mia senhor, dalfaia
Nunca de vós houve nem hei
Valia dua correa
.
Paio Soares de Taveirós
Vocabulário:
Nom me sei parelha: não conheço ninguém igual a mim.
Mentre: enquanto.
Ca: pois.
Branca e vermelha: a cor branca da pele, contrastando com o vermelho do rosto, rosada.
Retraya: descreva, pinte, retrate.
En saya: na intimidade; sem manto.
Que: pois.
Des: desde.
Semelha: parece.
D’haver eu por vós: que eu vos cubra.
Guarvaya: manto vermelho que geralmente é usado pela nobreza.
Alfaya: presente.
Valia d’ua correa: objeto de pequeno valor.

Há dois tipos de poemas pertencentes ao gênero lírico, no Trovadorismo:

  Cantiga de amor:

A cantiga de amor é de influência provençal (Provença ? região do sul da França). Esse tipo de cantiga mostra o amor cortês da época; o poeta fala em seu próprio nome, exprimindo seus sentimentos amorosos pela dama cortejada. É um amor de realização impossível, pois sua amada é casada ou pertence a uma classe social superior à sua. Por não ser correspondido, o homem sofre (coita d'amor), exterioriza suas queixas, humilha-se aos pés da amada, como um servo (vassalagem amorosa).
Sempre respeitoso, o eu-lírico masculino jamais revela o nome de sua amada, enfatizando sempre que ela é superior a ele. A mulher é chamada de mia senhor e o eu-lírico tece elogios à sua beleza, ao mesmo tempo em que sofre por saber que jamais poderá tocá-la. Influenciado pela moral cristã, o poeta se dispõe a um afastamento casto de sua amada, desejando-a, respeitosamente, a distância.

    Cantiga de Amigo
 
                                           
Originou-se na Península Ibérica. Nas cantigas de amigo, o trovador expressa os sentimentos que ele supõe que a amada lhe dedique. A principal característica das cantigas de amigo é o sentimento do eu-lírico feminino, embora elas sejam escritas por um homem.
A cantiga de amigo procura mostrar a mulher dialogando com sua mãe, com uma amiga ou com a natureza, sempre preocupada com seu amigo (namorado). Outras vezes, o próprio amigo é o destinatário do texto, como se a mulher desejasse fazer-lhe confidências de seu amor.
Mais populares, as cantigas de amigo não se ambientam em palácios, e sim em lugares mais simples, como o campo, as igrejas, etc. Mostram, muitas vezes, cenas do cotidiano, em que a moça vai lavar roupa, vai a uma romaria ou freqüenta uma festa.
As cantigas de amigo apresentam alguns aspectos que as diferenciam das cantigas de amor:
_ os temas são mais variados que nas cantigas de amor;
_ por serem cantigas populares, a linguagem é menos rica e mais musical;
_ destinam-se ao canto e à dança;
_ nelas são configurados os problemas sociais e políticos.
Além disso, quanto à forma, é freqüente o uso do refrão (repetição de versos) e do paralelismo (construção que se repete com pequenas alterações a cada estrofe). Quando não apresenta refrão, a cantiga é considerada melhor elaborada, recebendo o nome de cantiga de maestria ou maestria.



Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado,
ai deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amado,
aquele que mentiu do que me há jurado
ai deus, e u é?

D. Dinis
Cantigas satíricas
De origem popular, essas cantigas retratavam uma temática originária de assuntos proferidos nas ruas, praças e feiras. Tendo como suporte o mundo boêmio e marginal dos jograis, fidalgos, bailarinas, artistas da corte, aos quais se misturavam até mesmo reis e religiosos, tinham por finalidade retratar os usos e costumes da época por meio de uma crítica mordaz. Assim, havia duas categorias: a de escárnio e a de maldizer.
Apesar de a diferença entre ambas ser sutil, as cantigas de escárnio eram aquelas em que a crítica não era feita de forma direta. Rebuscadas de uma linguagem conotativa, não indicavam o nome da pessoa satirizada. Verifiquemos: 
Roi queimado morreu con amor
Em seus cantares por Sancta Maria
por ua dona que gran bem queria
e por se meter por mais trovador
porque lhela non quis [o] benfazer
fez-sel en seus cantares morrer
mas ressurgiu depois ao tercer dia!...
Pero Garcia Burgalês



                                             Os Cancioneiros
Se hoje temos acesso a textos do trovadorismo é graças à compilação feita em três grandes cancioneiros:
a) CANCIONEIRO da Ajuda: assim designado por conservar-se na Biblioteca do Palácio da Ajuda, em Lisboa, no qual são agrupadas 310 cantigas de amor.
b) Cancioneiro da Vaticana: encontrado em Roma, na biblioteca do Vaticano, datado dos fins do século XV. Contém 1205 cantigas de todos os tipos.
c) Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa: o mais completo dos três, com 1647 poesias. Foi copiado na Itália, no século XVI; pertenceu a um humanista italiano, Ângelo Colocci, e, no século XIX, foi encontrado na biblioteca do Conde Brancutti. Por isso, às vezes, é também chamado de Cancioneiro Colocci-Brancutti.